quinta-feira, 2 de junho de 2011

A Volta Por França

             Depois de uma agradável conversa com os meus familiares sobre as emigrações em França percebi que nem tudo eram rosas…isto porque na altura (anos 60) tudo era feito na ilegalidade.
            Falei com os meus avós e transmitiram-me a ideia de, naquele tempo, apenas se poder passar a fronteira sem o consentimento do Estado. Para definir este fenómeno usaram a expressão “a salto” e explicaram que era, por norma, feito à noite. Havendo ainda os passadores que acompanhavam os aspirantes a emigrantes desde a fronteira até à França, local onde a maioria dos novos emigrantes tinham já alguém conhecido à sua espera.
            Explicaram-me ainda que a emigração dos nossos dias nada tem a ver com aquele tempo, os emigrantes saíam do país à procura de emprego e iam à aventura para mandar o dinheiro do seu esforçoso trabalho para as suas famílias que continuavam a residir em Portugal. Chegavam a trabalhar todos os dias, incluindo fins-de-semana (!) para enviar o meio de subsistência com destino para Portugal. 
            Em França notava-se, de longe, o maior grau de desenvolvimento em relação a Portugal…por terras gaulesas já existiam as chamadas grandes superfícies e as auto-estradas que por terras lusas seria impensável existir, por isto podemos constatar que a qualidade de vida em França era superior do que no extremo ocidental da Europa a que se dá o nome de Portugal.
Aqui vos deixo quem me levou de volta ao passado:
Emília

 Albino

João Reis

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