quinta-feira, 2 de junho de 2011

Duas Vidas na Guerra de Angola

António Barata
Em Agosto de 1965, chegou o meu avô, António Barata, a Angola, mais precisamente à região de Ambrizete. Durante a sua estada nessa terra, ele serviu como soldado, mas a sua função era a de condutor-auto, ou seja, conduzia qualquer veículo enquanto estivesse no serviço militar, como ambulâncias, camiões, etc. Durante a sua permanência em Ambrizete, não existia somente guerra: havia procissões, piscinas, jogos de futebol, formavam-se amizades com os locais..
 
 
Até ao seu regresso, em Outubro de 1967, ele participou em várias acções como a apanha da lenha, paradas do 10 de Junho, etc. 


Ele com um menino angolano

  
As ambulâncias que usavam

O meu avô junto à enfermaria



 
José Micaelo

O meu avô José Micaelo fez parte de um batalhão constituído por companhias formadas na Cavalaria de Estremoz. O seu comandante era o Marechal António de Spínola. Chegou a Luanda, no dia 4 de Dezembro de 1961, e rumou à região de Grafanil, onde ficou até 1962. Um acontecimento importante que aí ocorreu foi uma emboscada em que morreram 9 soldados e ficaram feridos 21.
Depois de estar em Grafanil, foi para São Salvador, onde as condições de batalha eram bastante desfavoráveis: a chuva e a floresta eram adversárias adicionais, o que colocava os guerrilheiros em vantagem, preparando emboscadas mais frequentemente.
Ele chegou a Portugal, em Fevereiro de 1964, sendo recebido o seu batalhão, em festa, no cais. Após a sua chegada, o batalhão recebeu várias honras e louvores pelo seu trabalho, em Angola.


Esta fotografia demonstra bem a força
e motivação dos soldados portugueses   

O meu avô e os locais angolanos


Ânia Micaelo

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